|| O dinheiro do contribuinte é um poço sem fundo
A parte, digamos, mais saborosa, é a da criação de uma agência, a "Portugal Music Export". Jobs for the boys como diria o beato.
"Os artistas sonham, o Estado decide e a obra nasce". Faltou dizer “o contribuinte paga”. A vida é bela.
Meanwhile as vozes incómodas dos artistas, os mesmos de sempre, nos sítios do costume, só grandes músicas e a melhor música de todas as estações (e apeadeiros), mais as Deolindas manhosas à procura do “venha a nós o vosso reino” (os bilhetes para a Sombra são mais caros que para o Sol, é por isso que as corridas nocturnas são mais democráticas) ficam macias. Granulação acima de 2000, só para tirar o brilho. Não se morde a quem nos dá de comer, um velho ditado salazarento. A esquerda sempre teve um jeito especial para tratar destes assuntos da kultura.
Pão e circo. Equação perfeita. Não se dera o caso de ir faltando o pão.
(Em stereo)