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31 da Sarrafada

31 da Sarrafada

18
Abr10

Aura Miguel lava mais branco

Mr. Steed

Imagem daqui com licença adequada da Creative Commons

 

 

Sempre ouvi falar de Aura Miguel como a nossa especialista em Papas.

 

Em Portugal é hábito termos apenas um especialista em cada área - espécie de herança freudiana do Estado Novo? Alguém chamado a perorar acerca de um tema e que aparece invariavelmente em todo o lado.

 

Antímo de Azevedo sabe de meteorologia, aquele senhor anafado que é pai do satélite português, sabe de coisas espaciais, o Rui Santos sabe de futebol e de permanentes, o Nuno Rogeiro sabe de mísseis e o Pedro Strecht sabe de putos chonés.

 

A Aura tem esse papel em relação aos Santos Padres. O título de "única jornalista portuguesa com acreditação permanente no Vaticano" persegue-a. Mesmo que quisesse mudar de ares e passar a ser correspondente em Port Moresby ou em Cabul, não a deixavam. Dá imenso jeito ter sempre à mão uma pessoa que é "tu cá, tu lá" com os Papas.

 

Há ainda outra razão para a existência de Aura Miguel. A cada drama envolvendo a Igreja ou o Vaticano, ela é chamada para "dar um jeitinho" e compor a coisa, com a credibilidade criada por anos de presença constante e próxima.

 

Nesta altura em que a crise atinge com força a liderança dos católicos, o livro de Aura dá um jeitão para retocar a fraca imagem de Ratzinger. O senhor não tem o aspecto simpático ou bonacheirão de JP2 e levou com esta chatice dos abusos sexuais em cima. Por isso, um livro positivo, repleto das generalidades do costume, dá jeito.

 

É por isso que a Aura continua a ser a "única jornalista portuguesa com acreditação permanente no Vaticano". Não deve haver muita gente disposta a passar o tempo a dar imagens positivas de uma instituíção que dispara tiros para o pézinho, uns atrás dos outros. Só por isso, ela merece um lugarzinho do céu.

 

'As Razões de Bento XVI' vistas por Aura Miguel

16
Abr10

Igreja Católica - A arte de assobiar para o lado

Mr. Steed

A nova inquisição e a Igreja Católica

 

a) Comparar as críticas que se têm feito à Igreja Católica com o Santo Ofício - na versão hard core que durou até ao século XVIII - é demagógico e enganador. São críticas. Não incluem tortura, fogueiritas diversas para queima de livros e de pessoas, indexes ou outras actividades menos civilizadas.

 

b) Não são apenas os tais "laicos" que criticam a forma como a Igreja Católica agiu, e continua a agir, neste caso. Há muitos católicos nesse mesmo saco. Muitos são os que se desligaram da linha seguida pelo Vaticano e, legitimamente, deixaram de ir à missa papar a óstia ou de se mostrar muito pio e santo em público porque tal lhes é conveniente em termos sociais e profissionais. Conheço alguns. São das melhores pessoas que conheço.

 

b) Tentar disfarçar a porcaria dizendo que noutros lados também há desvios sexuais é tentar atirar areia para os olhos. Em nenhuma outra classe profissional a dimensão atingiu tais proporções como aqui.

 

c) O Ratzinger pode ter feito muito para levar os culpados à justiça. A verdade é que os efeitos foram nulos e isso leva-me a algo ainda mais sinistro. Porque razão só agora tivemos conhecimento destes factos? Karol Wojtyla, o Papa santo, conhecia o problema? O Giovanni Montini, sabia? Que fizeram?

 

Toda esta questão tem sido um desastre muito mal gerido pelo Vaticano . É claro que Bento XVI não controla a Igreja como JP2. Também é claro que os tempos mudaram. Para azar dos verdadeiros católicos, continuam reféns de interesses que nada têm a ver com fé.

29
Mar10

Bento! Dá aí uma rádio!

FF

"Sentimos que mais vidas se salvariam se conseguíssemos um apoio mais corajoso da Hierarquia e um espaço regular na Rádio Renascença, supostamente a “emissora católica portuguesa”. Esta rádio – que chega a incluir personalidades pro-aborto entre os seus comentaristas residentes e nenhum activista pro-Vida – deve ter presentes as suas responsabilidades perante a Igreja e os portugueses que em 1975 evitaram a sua queda em mãos extremistas e não podem aceitar o sacrifício da sua missão profética aos 'shares' de audiência."

 

Tirado da "Petição Boas-vindas e pedidos ao Papa Bento XVI" que conta já com mais de 1300 signatários. Uma pérola a ler aqui.

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