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31 da Sarrafada

31 da Sarrafada

24
Fev11

Liga Europa: O esforço do Zé e a pressão do Pedro

Pedro Figueiredo
 
Numa destas manhãs ouvi, na M80 (imagine-se), um daqueles apontamentos económico-políticos para básicos (como eu) lavrado por Camilo Lourenço. Disse, com uma semana de antecedência, aquilo que o presidente do Millennium BCP veio dizer e que é uma constatação óbvio: com estes juros da dívida, é mais fácil alimentar um burro a pão-de-ló! Com um financiamento externo destes, duvido até se a Cetelem ou a Mediatis não fariam um preço mais em conta a Teixeira dos Santos. Até lhes renovavam a frota de carros ministeriais outra vez, tipo surpresa num ovo kinder.
 
Publicidades à parte, o esforço do nosso Primeiro em retardar ao máximo a entrada dos bulldozers da finança mundial é meritório. É pena é ter sido preciso atiçarem o orgulho nacional - com o fantasma do FMI - para os merceeiros do Terreiro do Paço tirarem o lápis da orelha e fazerem as contas com mais atenção. Ainda falta saber se tamanha travadela, como lhe chamou o Expresso, foi à custa da despesa ou da receita, isto é, se temos ABS ou se com esta chuva que não passa, os travões de servo-freio não bloquearam as rodas e não estamos em pleno bailado para despiste.
 
Mas bom esforço na mesma, Zé. Parece-me é que esses autênticos bond road-shows que fez nos últimos tempos, a que o Expresso tão humoristicamente até comparou às milhas que poderia ter acumulado se tivesse cartão Victoria (TAP) - que já valia uma ida e volta a Nova Iorque à borla! -, mais não foram do que visitas de cortesia, boas para aprofundar as relações internacionais. A não ser que tenha implorado pela compra de títulos. Se assim for, so long Marianne!
 
Camilo Lourenço falou ainda no discurso arrumadinho do homem que quer ocupar o lugar de Primeiro. Demasiado arrumadinho, nas palavras do especialista. Tem percebido que o novo manda-chuva da São Caetano à Lapa tem tido margem de manobra para actuar, querendo vê-lo mexer-se quando a pressão começar a apertar. Que é como quem diz, quando o calor começar a fazer-se sentir na cozinha. E ainda segundo o Expresso, parece que o forno já está ligado. E a uma temperatura tão alta que não será difícil alguém sair queimado antes do prato ser servido aos portugueses. Não é preciso mandar calar ninguém, porque para isso já houve quem tivesse sugerido fechar a democracia por seis meses e deu-se mal. Basta, como diz a nossa querida sarrafeira Catarina Campos, mandar sossegar a franga dos militantes mais entusiasmados. É que a minha avó também tinha um ditado popular para estas ocasiões: cadela apressada, pare crias cegas e o Ensaio sobre a Cegueira já paga direitos de autor.

 

Imagem: "Burn Baby BurnAttributionNoncommercialNo Derivative Works Alguns Direitos Reservados por Abstract Gourmet

08
Dez10

|| A “bondade” da proposta

Mr Simon

 

 

 

 

«Governo propõe aos sindicatos que as minutas dos contratos de trabalho explicitem que o salário de uma pessoa está directamente ligado à sua produtividade ou à qualidade do trabalho.»

 

Aditamentos à proposta:

 

a)      Com excepção do senhor primeiro-ministro, dos ministros, e restantes membros do Governo.

b)      Com excepção do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Depósitos

c)      Com excepção das administrações dos hospitais públicos EPE

d)      Com excepção dos funcionários públicos da Região Autónoma dos Açores (e da Madeira, que também são filhos de Deus)

e)      Com excepção dos professores, quer sejam ou não afectos à Fenprof.

f)        Todos os casos omissos nas alíneas anteriores (funcionalismo público e sector empresarial do Estado) serão tratados consoante a filiação partidária ou simpatia política, por esta ordem.

 

Por ser precisamente o que já acontece no sector privado (salário vs. produtividade), José Sócrates e a ministra Helena André têm a noção do ridículo da proposta, ou perderam definitivamente o contacto com o dia-a-dia do país que governam e vivem numa espécie de realidade paralela, uma Twilight Zone?

 

(Na imagem Corontation Carpet Factory via Times)

 

(Em stereo)

 

 

 

 

 

 

 

28
Set10

José Sócrates: Bad English e outras calinadas

FF

José Sócrates deslocou-se à "Columbia University" nos Estados Unidos para uma palestra seguida de Q&A.

 

Foi aconselhado por Manuel Pinho a falar em "bad Englsh", que segundo Pinho é a linguagem universal com a qual comunicamos - e eu que pensava que era por linguagem gestual.

 

O "31 da Sarrafada", na perspectiva de serviço público que sempre o caracterizou apresenta aqui o resumo da comunicação de José Sócrates - que resume o essencial da comunicação de mais de 30m - e ao mesmo tempo dá umas dicas ao Primeiro Ministro sobre o seu Inglês.

 

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