Sócrates remodela governo; novo ministro da defesa já conhecido
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Apenas 15 dias depois do day-after das presidenciais, começam a puxar para trás os lençóis da cama onde o governo se prepara para o repouso eterno. É certo que, para muitos, o executivo vai deitar-se no leito que preparou para si, mas não deixa de ser curioso perceber que os habituais tarólogos da política já deram o tiro de partida para o (im)paciente voo dos abutres.
Afinal, se o governo está morto, está na hora de se começar a debicar o cadáver. Digo debicar porque há quem considere que ainda não está na hora da refeição. Há que esperar o momento certo e não haver precipitações, até porque pode ser de Belém que venha a certidão de óbito, agora que o segundo mandato parece tudo legitimar.
Uma coisa é certa: o governo pode não ter morrido, mas virou, com toda a certeza, um daqueles sacos de areia em que os boxistas fazem o seu treino, aquilo a que vulgarmente o povo gosta de chamar de 'saco de pancada'. De tal forma, que até há quem, de dentro, aproveite para ajustar contas passadas, escudados pelo legítimo direito à diferença de opinião e liberdade de a expressar.
Agora, é o caminho mais fácil. Aliás, chegou a hora dos fracos sairem de cena de fininho para, na hora do funeral, poderem até alinhar na maledicência ao falecido bem como os oportunistas que, percebendo que terão de colocar na loja o letreiro do 'Volto Já', começam a encher o porquinho mealheiro para o tempo de vacas magras que se avizinham. Há até números que, oportunamente, aparecem nestas alturas libertando apenas comentários do género "Que grande novidade!" A minha dúvida é só esta: esta sondagem reflecte o momento ou um sentimento de leitura mais ampla?
O governo morreu, viva o governo! Porque como dizia a minha avó, atrás de mim virá quem de mim bom fará.
Imagem: "Vulture" Some rights reserved by kahunapulej
Nas vésperas dos 101 anos da “ética republicana” o que quer que essa merda signifique mesmo mesmo antes de abrir o espumante que para o caso deve ser champanhe e ah e tal o Carlos César e os Açores e o Mário Soares que escreve às terças-feiras uma página inteira do Diário de Notícias para não dizer o que podia ser dito em ¼ de página e mais os mercados o que quer que essa merda signifique também que estão à escuta e o Teixeira dos Santos que está no fim da tabela do Top of the Pops dos ministros das Finanças da Europa. Assim mesmo sem vírgulas.
(Em stereo)
A série "LOST" terminou, após 6 anos, como começou: O Dr. Jack Sheppard deitado no chão na tal da Ilha. Só que em vez de estar a despertar para os próximos 6 anos cheios de aventuras, estava a bater a bota.
Espero que o mesmo aconteça, e rapidamente, com este Governo. É que já não se aguenta tanta trapalhada, tanta incongruência e tanta manobra de diversão. Se este Governo não existisse, tenho a certeza que J.J. Abrahams, faria uma série de televisão sobre ele.
... não nos grama assim muito mas #respect. Quem fala assim não é gago. Ganha o "Sarrafada da Semana".
"Quem, como eu, já passou por 17 governos e 10 primeiros-ministros,
sem qualquer desmentido ao seu trabalho, passará também de cabeça erguida por este."
(Daqui)
Traduzindo por míudos a comunicação de José Sócrates:
Uma anedota: um cego entrou numa fábrica desconhecendo ser uma "seca" de bacalhau, ao dar pela movimentação e pela actividade fabril disse: Bom dia meninas!
Outra anedota: Morais Sarmento disse: «Quando Cavaco fala sentimos um mau hálito político», os “cegos”, ao darem pela movimentação e pela "actividade fabril", não leram que também disse: «Cavaco é lido pelos portugueses como cúmplice da reacção socialista à crise económica».
Moral da história: Mais cego é aquele que finge que não sabe ler.
(Na imagem Cego, Astúrias, 1948, por Valentín)
(Em stereo)
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