Liga Europa: O esforço do Zé e a pressão do Pedro

Imagem: "Burn Baby Burn" Alguns Direitos Reservados por Abstract Gourmet
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Imagem: "Burn Baby Burn" Alguns Direitos Reservados por Abstract Gourmet
Henrique Raposo, esse poço de sapiência, escreve hoje no Expresso que a IHH "é uma organização que apoia o terrorismo".
Disparates qualquer pessoa pode escrever na realidade. No entanto a IHH é uma organização que tem um estatuto de consultor especial nas Nações Unidas e que tem provas dadas no terreno como ONG (33 toneladas de ajuda para o Haiti devem chegar para exemplificar).
Fonte: Wikipedia
É muito simples distorcer a realidade e dar como provadas as acusações de três países (Israel, Estados Unidos e França - todos eles com um imaculado track record no que diz respeito aos direitos humanos).
Omitir que a IHH tem uma presença acreditada nas Nações Unidas para fazer vingar um determinado ponto de vista, é simplesmente desonesto.
Diz Jorge Nascimento Rodrigues que "a Irlanda voltou a ultrapassar a linha Maginot dos 16% de risco"(1)
Nitidamente, Jorge Nascimento Rodrigues não faz a mínima idea do que é (foi) a linha Maginot. Achou por bem colocar um termo mais rebuscado na sua peça, tomando os leitores por parvos (que é o que cada vez mais os jornalistas, salvo raras execpções, fazem hoje em dia em Portugal. Isso ou copy paste).
"A Linha Maginot (francês ligne Maginot) foi uma linha de fortificações e de defesa construída pela França ao longo de suas fronteiras com a Alemanha e a Itália, após a Primeira Guerra Mundial, mais precisamente entre 1930 e 1936.
O termo linha Maginot designa às vezes o sistema inteiro, e às vezes unicamente as defesas contra a Alemanha. As defesas contra a Itália são chamadas linha Alpina.
O complexo de defesa possuía várias vias subterrâneas, obstáculos, baterias blindadas escalonadas em profundidade, postos de observação com abóbadas blindadas e paióis de munições a grande profundidade." (2)
Alguém que me explique por favor o que é que isto tem a ver com a Irlanda e os seus 16% de risco que eu sou demasiado estúpido para entender.
(1) Fonte: Expresso Online. Chamada de atenção para o artigo de Frederico Lopes no Twitter
(2) Fonte: Wikipedia, where else?
(Print Screen daqui)
Hugo Chávez chegou ao Twitter ontem à noite e segundo a Lusa (que cita essa fonte independente que é a Ministra da Informação do Governo Venezuelano), já têm 8.420 mensagens".Um record que deveria ficar registado no Guiness. Fui verificar este fenómeno e a conta só tem UM (1) tweet e quase 25.000 seguidores. Continuo a preferir ser um blogger do que um jornalista.
O busílis da questão, camarada Steed, é se é pago para escrever as barbaridades que escreve ou se escreve pró buono como se de um blogue se tratasse. É que se é pago para isso o caso é bem mais grave.
(Sim, bem sei que é uma empresa de capitais privados e por aí. Ainda mais grave)
Imagem deste moço com uma licencinha fixolas
Há quem escreva colunas a sério e há quem escreva apenas para provocar reacções. Sabem que vão irritar a malta, ter muitos comentários e isso dá-lhes protagonismo (ou assim pensam...).
Nós sabemos. É isso que fazemos aqui no 31 da Sarrafada. Abusamos, exageramos e provocamos. O problema é que nós estamos perfeitamente identificados como um semi-blogue (desde o congresso do PSD que não nos atrevemos sequer a considerar isto "um blogue" inteiriço e genuíno) de parvoeira. A malta que escreve no Expresso, nem por isso. Além de mais, há uma regra não-escrita no jornal que diz que o único com permissão para ter piada é o Comendador. E mai'nada. Logo, tentar provocar sorrisos que seja é um mau career move.
Sendo assim, não percebo porque o Henrique insiste nestas coisas. A malta já não te leva a serio, pá. Sabe que não acreditas em nada disso e 'tás só a reinar. A ver se o pessoal da esquerdalha se pica.
Como estas coisas da esquerdalha e dos fasc... er... da direita estão fora de moda e não fazem qualquer sentido, só gente demodé e retrograda é que te responde. E isso é pouco estimulante. Porque há quem ache que a Igreja Católica se tem portado como um gang de brasileiros da margem sul e que, ao mesmo tempo, ache o Cohen Bandit e toda essa porra dos soixante-huitards uma estucha sem fim para encher o olho a burguês. E quem, ainda, tenha pelo clã Miterrand a consideração semelhante que tem por, sei lá... aquele vilão muito mau do "Battlefield Earth"?
... não nos grama assim muito mas #respect. Quem fala assim não é gago. Ganha o "Sarrafada da Semana".
"Quem, como eu, já passou por 17 governos e 10 primeiros-ministros,
sem qualquer desmentido ao seu trabalho, passará também de cabeça erguida por este."
(Daqui)
Esse jornal é um dos mais vendidos por ser o símbolo da credibilidade e da sobriedade jornalísticas.
Francisco Mendes da Silva in "31 da Armada"
O "Expresso" não é um dos jornais mais vendidos em Portugal, como aliás se pode perceber muito bem só por acompanhar o seu director no Twitter. Tal como o "Expresso", o "SOL" não vendeu mais por ser o símbolo do que quer que seja. O "SOL" vendeu mais do que nunca pelo desejo que temos, enquanto seres humanos, de ver o sangue.
As vendas do "SOL" deste fim de semana (bem com as do "Expresso") comparam-se aos engarrafamentos na A1 quando há um acidente: Não é porque exista muito trânsito; o pessoal gosta é de abrandar para ver se vê o morto.
PS: Obrigado à Ana Matos Pires pela chamada de atenção a que Jornal se referia o FMS. Como neste momento são tantos a chamar mentiroso ao PM, na primeira versão deste post o "Expresso" nem aparecia.
Na edicão de 31 de Dezembro de 2010 o Expresso publicou as "Cem perguntas para 2010".
Entre as patetices do costume encontram-se as seguintes pérolas que passo a partilhar:
1. "O Facebook vai passar à história? Vai. Nenhuma ferramenta ou rede social da Internet sobreviverá tal como a conhecemos, porque ainda estamos a meio da revolução nos meios de comunicação".
O Facebook vai tanto passar à história como qualquer jornalista do Expresso vai ganhar um Pulitzer. Quanto a esta "revolução nos meios de comunicação" não se entende o que tem isso a ver com as redes sociais que não são meios de comunicação mas sim plataformas.
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