Isto vai dar merda (ou: eu também quero escrever sobre o Mário Crespo)
Ora então vamos lá esmiuçar esta porra:
Há um assunto de trabalho importante à tarde. Umas pessoas relacionadas com esse assunto, colegas de trabalho, mais um amigo, como estão com fome, vão almoçar à hora de almoço. Isto levanta logo questões, porque é que pessoas almoçam à hora de almoço. Conversam à mesa, parece que falam alto, coisa estranhíssima para um português. E dizem mal de outra pessoa. Altamente suspeito isto, nunca mas nunca acontece.
Alguém vai contar à dita pessoa que aqueles comensais disseram mal dele. E essa pessoa não gosta, pois tá claro, quem não se sente e etc e tal. Mete a boca no trombone e diz: aqueles senhores não gostam de mim e assim não brinco mais. Fim da história. Adiante.
Isto é o que qualquer pessoa sensata pensaria, Digo eu. Calha é que estamos em Portugal, país onde nada é o que parece: o banal passa SEMPRE a caso grave de estado, principalmente quando na bimby da comunicação social se misturam jornalistas, políticos, liberdade de expressão e não passarão.
Que é o que está / vai acontecer.
Eu nem vou muito à bola com o Mário Crespo, nem sei muito bem porquê. Enerva-me aquele tom de quem acabou de acordar e já se dormia mais um bocadinho, mas pouco mais do que isso. Além do mais, como não vou à bola com quase ninguém, também não é muito relevante.
Agora quanto a esta história toda, das duas uma: ou o homem é doido, ou o homem tem uns amigos muito venenosos e que não gostam nada dele ou...ou outra coisa qualquer. Porque ninguém faz aquelas acusações só porque a pizza da véspera não caiu bem. O homem parece que está meio adormecido, mas não está a dormir, já cá anda há anos suficientes para saber que não se dizem coisas daquelas impunemente. São acusações graves. Mais ainda quando não, não se trata de opinião.
[parênteses para artigos de opinião, artigos jornalísticos e contraditórios]
- Eu nem sou jornalista, mas parece-me claríssimo qual é a diferença entre um artigo de opinião e uma notícia; e como gosto muito de metáforas, aqui vai:
No café, diz o João das Couves: cum catano, acho que ali o Manel do Quiosque da Esquina não me grama nem um milímetro. Aposto que o gajo um dia destes me apanha distraído e atira-me com o pacote dos jornais de véspera pelas ventas abaixo. Eu não me fico.
- Isto é um artigo de opinião.
Agora a notícia: diz o João das Couves: O Manel do Quiosque da Esquina não me grama nem um milímetro: ouvi dizer que abre aspas disse aos amigos na tasca que me vai atirar com o pacote dos jornais da véspera pelas ventas abaixo fecha aspas. Eu não me fico.
( a opinião aqui é apenas a parte do "não me fico")
Ora calha que a malta não pode andar a dizer que fulano de tal disse isto ou aquilo e vai fazer isto ou aquilo. Chama-se, no mínimo, difamação. Calha que a lei não gosta muito dessas coisas e os jornais, quando publicam coisas assim, devem (por lei) confirmar se é assim e confrontar a outra parte para saber se é verdade. O tal contraditório que ninguém gosta, mas é a lei. Uma chatice, como o excesso de velocidade e outras que também ninguém gosta, mas convém cumprir.
[e aqui se fecha o parênteses artigos de opinião, artigos jornalísticos e contraditórios]
E também acabou o post, olha! Espero que tenham gostado e voltem sempre! Isto ainda vai fazer correr tinta às litradas e não se podem gastar logo todos os aspectos desta questão no mesmo post (aliás já vai no terceiro aqui no Sarrafada).
CC (Catarina Campos, 1/6 do Sarrafada, seus cuscos! estão contentes agora?)
[escrito no geral, porque me esqueci da password para o user CC]