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31 da Sarrafada

31 da Sarrafada

03
Out09

Os cérebros por detrás do reequipamento das forças armadas e de segurança pública (parte I)

Mr. Steed

Já há algum tempo que nos perguntávamos quem seriam os responsáveis pelas broncas com as novas pistolas da PSP.

 

Relembramos que foi lançado um concurso público internacional e que a vencedora foi a Glock, da Áustria. Nada a apontar, a fusca em questão parece ser catita, modernaça e excelente para dar cabo dos meliantes. Os problemas começaram depois:

 

a) Alguém se esqueceu de incluir os coldres nos termos do concurso.

 

b) As Glock não têm patilha de segurança. Possuem três sistemas de segurança passiva. Como o concurso exigia a existência da tal patilha, a Glock teve de adaptar as armas para esta encomenda. Resultado: deu barraca. As patilhas vieram do lado direito, ou seja, preparadas para atiradores canhotos.

 

Demorou algum tempo, mas conseguimos encontrar os responsáveis: um departamento do MAI que dá pelo nome de "Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações".

 

O responsável pelo GEPI na altura do concurso das pistolas era um senhor chamado Eduardo Elísio Silva Peralta Feio. O bom serviço à frente deste organismo valeu-lhe a promoção para a chefia da Direcção-Geral de Infra-Estruturas e Equipamentos, ainda no mesmo ministério, cargo que desempenhou de 2007 a 2008.

 

Em Maio do ano passado foi destacado para a liderança da Unidade de Missão Lojas do Cidadão de Segunda Geração.

 

Esta confusão com as Glock da PSP lembra outros concursos de reequipamento como as alegadas irregularidades na aquisição dos submarinos alemães da classe Paulo Portas, os defeitos dos transportes blindados Pandur II  ou os novos helicópteros Merlin que estiveram seis anos sem contrato de manutenção. Casos de extrema parvoíce que o 31 da Sarrafada abordará assim que recuperar da enorme seca que foi ter de procurar documentos chatérrimos nos sites do Governo.

 

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