|| Bem Parece – Albufeira by night (Allgarve 2010, relatório e contas)
Começa tudo logo na descida da Avenida do MFA pelas bifas acabadinhas de chegar em contentores via Easyjet ou Ryanair - as branquinhas peixe-rei virgens, as vermelhas gamba já com quilómetros - em produções fashion-estronça do tempo jurássico em que se ia a Londres via Porfirios para andar na moda, e a caminho da rua dos encontrões que é como quem diz onde estão os bares house pimba ou comercial “só grandes músicas”, com mini-saias pelo umbigo e sem roupa interior ou com as banhas a sair pelo cós das calças e as mamas apertadas pelo soutien dois números abaixo do número, à procura do verdadeiro macho latino, clone do Cristiano Ronaldo com três botões da camisa desabotoados a mostrar a ausência capilar e com uma amêijoa em cada orelha. O Zezé Camarinha está velho e está lá na Rocha, o middle age Allgarve do tempo em que o Algarve se escrevia só com um éle, e onde não se passa nada. As outras bifas, as que sobram, não são bifas, são indígenas clones perfeitos das bifas que pensam que se forem como as originais pescam alguma coisa, nem que seja ao chichorro. Acabam a pescar as sobras do primeiro arrasto da noite, os clones menos clones do CR7, ou aqueles que nem thank you sabem dizer malgré o Novas Oportunidades. Tudo está bem quando acaba bem.
Fuck me, I’m famous. David Guetta até tocava naquela coisa sem nome que dá pelo nome de Kadoc. Falando num algarvio irrepreensível: Maldita aora; nunca havera de sair de Legues!
(Bem Parece é o nome de uma panificadora em Albufeira com sitio logo ao cimo da Av. do MFA e que me pareceu ficar bem como título do post)
(Em stereo)