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31 da Sarrafada

31 da Sarrafada

27
Nov10

Se eu fosse da #JSD...

FF

 

... e depois de ouvir o Duarte Marques e o Carlos Eduardo Reis ontem à noite, votava em Carlos Eduardo Reis.

 

 

PS: Alguém que diga ao deputado Leitão Amaro que não fica bem a deputado da nação falar daquilo que não sabe.

 

PS2: Era para estar em Coimbra mas estou com uma virose

 

PlayStation: Ainda bem que não sou da JSD.

 

Imagem: sem_nome, sob uma licença Creative Commons Attribution Non-Commercial No-Derivative-Works (2.0) via o flickr de Andrew_B)

 


25
Nov10

Liga Europa: Afinal, este país é para velhos

Pedro Figueiredo

Bem sei: título fraquinho. A verdade é que o trocadilho cai que nem ginjas no tema da Liga Europa de hoje. Vai ser fácil de perceber, vão ver.

 

Admito que estou dividido. À primeira vista, numa análise mais superficial e imediata, confesso que fiquei (mais uma vez) desapontado com a medida governamental que tive oportunidade de ler num site exclusivamente dedicado a apresentar aos cidadãos seniores europeus oportunidades de gozarem a sua velhice na plenitude das suas capacidades financeiras, sem se preocuparem com aquilo que os impostos podem levar das reformas para as quais trabalharam durante uma vida inteira. Estes é que são do bom tempo, porque quando chegar à minha altura, e pelo andar da carruagem, terei que trabalhar até que a espondilose me doa. Isto se não morrer antes, o que para o Estado deve ser um alívio:"olha, menos um a delapidar a caixa de aposentações" (se nessa altura houver). Já faltou mais, se é que este pensamento já não passou pela cabeça de alguém...

 

A notícia, se ainda não foram cuscar o link, apresenta Portugal como um dos paraísos fiscais para a terceira idade mundial dados os benefícios que o Governo da República Portuguesa (não sei se sabem, mas é assim que o nosso país é denominado na Constituição, Portugal é para os amigos) estão a dar aos reformados estrangeiros que queiram fixar residência neste cantinho soalheiro e com baixo custo de vida.

 

Diz o artigo que nos primeiros 10 anos há o bónus de isenção de imposto, tentando assim cativar os reformados a trocar o cinzento e chuvoso Reino Unido ou a fria e nevada Alemanha por Portugal. Sim, porque são estes reformados e não aos da Albânia ou de Malta a quem o governo deve estar a piscar o olho e a flectir o indicador, como se de clientes se tratassem.

 

Como expliquei de início, primeiro senti-me desiludido. Então fazem isto aos estrangeiros... e os portugueses? E os que contribuíram a vida toda para que o país tivesse o que tem hoje? Imagino que esta medida seja uma espécie de dívida de gratidão para com os cidadãos das economias dominadoras europeias pelos seus precosos fundos comunitários, que inundaram este país de alcatrão e de centros comerciais, sob a batuta do actual Presidente da República. Mas como dizem os Homens da Luta: E o povo, pá? Não dá para estender a medida aos nossos reformados? Não têm direito? Ou está-se, subrepticiamente, a dizer-se-lhes para procurarem abrigo fora de portas?

 

Esta foi a minha análise a quente, como a nossa meteorologia. Depois veio a brisa nórdica. Calma. Isto até tem alguma lógica. Acena-se aos cotas ricos endinheirados com uma isençãozita de impostos, eles caem no ALLgarve (ainda mais) e à volta dos campos de golfe por esse país fora como moscas para de seguida, segundo os ensinamentos do Tio Sam, desatarem numa corrida desenfreada de consumismo no país, aumentando assim o PIB:

fonte PorData

 

Parece uma equação difícil de errar no resultado, verdade?

Se os objectivos se concretizarem, pode ser que nessa leva de imigrantes seniores venha alguém, ainda, com vontade de dar uma perninha na governação.

 

E à boa maneira da dialética socrática (do verdadeiro, o grego!), depois da tese e da antítese, vem a síntese. Ficamos num ponto intermédio, mas sem equilíbrio. É uma ideia com bons fundamentos e a finalidade até pode trazer benefícios, mas em última análise só revela mais do mesmo: uma perfeita desconsideração pela população, que tem todo o direito de se sentir discriminada com estas medidas. Por muito nobre que seja construir um estádio na Palestina, de que vale a nobreza quando se aumenta a carga fiscal sobre os medicamentos num país onde existem doentes que os vão deixar de poder comprar? Faz-me lembrar as praias de certos resorts de luxo espalhados por esse mundo fora: só para turistas. Proibida a entrada a autóctones.

 

Em resumo: este país, afinal, é para velhos, mas não para os da casa!

 

Já agora, este post não dispensa a leitura da notícia original (em inglês)

 

Imagem: David Dennis em Creative Commons

25
Nov10

Ontem fui à #GreveGeral, hoje estou de baixa

FF

Com os recibos estamos fodidos

 

Sim, estou de baixa e a culpa é da Greve Geral e do consumo elevado de televisão. Aliás, a culpa é dos Franceses. Passo a explicar.

 

Um tipo ouve falar de Greve Geral e de imediato o imaginário remete para multidões na rua, o país paralizado, sem gasolina, uns carros a arder nos bairros mais desfavorecidos. A verdade é que quando se ouve falar de greve geral a mente viaja logo para França e as expectativas ficam por ali a pairar como o cheiro de um croissant com creme acabadinho de saír do forno que chama por nós.

 

Ontem já a caminho de casa parei para beber um café e estava a rever as fotografias que tinha tirado quando, um casal francês que estava ao meu lado me perguntou "Quando é que é a greve geral?" ao que eu respondi "Foi hoje". O "Ahhh..." que recebi como resposta - com reticências e tudo - bateu-me no peito como um prato de nouvelle cuisine que tem um nome com pelo menos 20 palavras mas afinal é apenas uma peça minúscula de carne com uma rodela de cenoura em cima. Ou seja, fiquei furioso.

 

E fiquei furioso não com os franceses, que sabem fazer uma greve geral como deve ser, mas sim com a letargia reinante neste país onde toda a gente rezinga no café, na mercearia, nos restaurantes mas depois, quando chega o dia de se mostrar esse descontentamento em massa o pessoal não aparece. Tem mais que fazer. Prefere ficar na pastelaria a comer o tal do croissant.

 

No Rossio estavam umas 300 pessoas, se tanto. Um grupo de 60 associações de artistas, trabalhadores precários e flexíveis mais um grupo de trabalhadores das Páginas Amarelas e vários deputados do Bloco de Esquerda juntou 300 pessoas fazendo-me lembrar a famosa #ManifAr onde um grupo de 85 blogs juntou 150 pessoas em frente à Assembleia da República. Entre essas associações de artistas a ZDB (Galeria Zé dos Bois) que deveria era começar a pagar decentemente aos artistas que lá actuam.

 

Um repórter de imagem confessava que ali no Rossio era onde tinha visto mais gente junta durante todo o dia, ali num Rossio vazio com duas gruas a montarem a iluminação de natal à volta da estátua do Dom Pedro V com o barulho do ferro contra ferro a ser feito soar por quem trabalhava sobrepunha-se aos discursos vazios e sem inspiração de quem fazia greve.

 

Seria de esperar da comunidade artísitica Portuguesa mais imaginação, mais garra e mais irreverência para não falar de mais poder de mobilização que claramente não tem. Mais ainda, seria de esperar de todos aqueles que apelaram à greve, que apelaram a que se mostrasse inequívocamente a este governo que já chega de trapalhadas que saíssem à rua e realmente parassem o país, doesse a quem doesse, fosse preciso o que fosse preciso.

 

"A greve faz-se pela ausência" dizia-me um fotógrafo da France Press. E mais uma vez pensei em todas as imagens de milhares de pessoas a descerem pela ruas de Paris, durante dias a fio até conseguirem forçar a mão do Governo. Também pensei que não se teria perdido nada se em vez de termos assimilado aquela maneira chata de fazer filmes e teatro Francesa tivessémos antes assimilado o espírito reenvidicativo.

 

Manuel Alegre acordou com um pássaro a saudar a greve. Sócrates não acordou com ninguém à frente da sua casa a gritar. O Largo do Rato era um deserto. Em frente à Assembleia da República ninguém. No Rossio foi o que se viu.

 

Gorado nas expectativas criadas e a precisar de tomar o terceiro Prozac da manhã, hoje estou de baixa e a culpa é dos Franceses.

 

 

25
Nov10

Parabéns ao "31 da Armada"

31 da Sarrafada

Os rapazes ali do lado celebram 4 anos hoje. Estão todos de parabéns em especial aqueles que cada vez mais se parecem com os seus arqui-rivais Abrantes pelo estilo truculento que se sobrepõe à falta de ideias. Deve ser chato pertencer a um blog assumidamente político e de direita quando os dirigentes dessa mesma direita só mandam tiros nos pés , nos submarinos e nos presentes de Natal. Muitos parabéns Annies! A seguir ao link um pequeno presente retirado de outro lado que isto não dá para andar a endividar o nosso blogue com presentes para os outros.

 

23
Nov10

#pfc2010 Pensar Fora da Caixa

FF

 

Estive nos últimos dois dias a pensar no que escrever sobre o "Pensar Fora da Caixa" e em que formato. Depois esqueci-me.

 

O que aconteceu o fim-de-semana passado em Coimbra é, sem dúvida, a prova de que é possível organizar um evento sem uma estrutura imensa: basta haver vontade. E (boa) vontade é coisa que não me pareceu que faltasse ao João Barros, à Telma Rodrigues e ao Telmo de Figueiredo bem como aos restantes envolvidos na organização deste evento que estão, desde já todos de parabéns.

 

Houve boa vontade e houve muito trabalho que se traduziu em dois dias com o Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra cheio para ouvir os convidados.

 

Fui a Coimbra para falar de cidadania activa, de como usar as redes sociais para chamar a atenção para determinados temas e quando saí de Coimbra já sabia que algumas das pessoas presentes se estavam a organizar no Facebook. Por vezes basta mostrar que é possível para que as pessoas se motivem e os meus objectivos foram mais que cumpridos.

 

Não terei que ser eu a dizer se os objectivos gerais foram cumpridos ou não mas gostaria de deixar aqui algumas notas sobre o que observei.

 

A ter em atenção para edições futuras:

 

1. O espaço não era dos melhores - demasiado claro para se realizarem projecções - o que dificultou bastante algumas apresentações.

 

2. A escolha do orador inicial criou um momento Xanax, opaco que em nada ajudou o kick-off da conferência.

 

3. Penso que o público entrou formatado para este "Pensar Fora da Caixa" e por mais provocações que João Barros fizesse nunca se conseguiu, pelo menos no Sábado que foi quando eu estive presente, quebrar o modelo tradicional e criar um diálogo real entre oradores e participantes.

 

Hoje em dia começam-se a criar novos modelos de conferência que passam muito pela quase obrigatoriedade de participação activa que implica que os participantes não partam do princípio que quem está em cima do palco é o dono da verdade ou do conhecimento absoluto.

 

No meu caso pessoal o diálogo estabeleceu-se depois o que é positivo mas tem a desvantagem de não ter sido partilhado com todos os outros presentes.

 

Resta-me apenas agradecer ao João Barros & Co. a maneira como fui recebido em Coimbra. Para "miúdos" vocês são GRANDES! Espero notícias em breve sobre o PFC2011 ;-)

 

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