António Mendonça é apenas uma pessoa e tem que vestir vários chapéus. Hoje na Culturgest discutiu-se, ao mais alto nível, a neutralidade na Internet. Mendonça esteve lá 10m. Depois foi para o Poçeirão. Ainda bem que para o Ministro, e segundo ele para este Governo, o tema é da máxima importância. Se não fosse nem tinha metido lá os pés? Provavelmente...

 

"Tive conhecimento que o Senhor deputado está ,tal como todos nós, a passar por uma fase de algumas dificuldades financeiras.

 

Uma vez que o refeitório da Assembleia não abre para que V. Excª possa degustar o jantar, é óbvio que uns míseros 60 euros diários não cobrem todas as despesas e o colocam numa situação bastante precária...

 

Na verdade depois de ter tomado conhecimento de tal facto, passei a admirar a forma como sobrevive, apenas com o salário que o Senhor deputado recebe, no Parlamento, tão somente 3700 €.

 

Posto isto, impregnada de um espirito de solidariedade e inconsolável com tanta pobreza, achei por bem partilhar consigo uns rissóis de carne e um arroz de tomate que é o melhor que o meu salário minímo (475€ caso não esteja a par do valor!) me permite.

 

Assim, dou também o exemplo ao meu filho, que sozinha, educo e alimento com a ajuda do estado nos seu ricos 43.48€ e ficamos ambos de consciência tranquila, sabendo que pelo menos fizemos chegar até si um aconchego nesta hora de aperto!

 

Como acredito na capacidade dos deputados e dos nossos governantes, sei que muito em breve a sua situação ganhará um novo alento.

 

De coração nas mãos, despeço-me Uma mãe, contribuinte, trabalhadora, mulher

 

Marta Da Cruz"

 

 

Hoje, depois da meia-noite, o Gabinete de Estudos do PSD lançou o site "Cortar Na Despesa".

 

De imediato fui verificar o site para poder fazer uma análise crítica do mesmo e de imediato esbarrei com a falta de uma política de privacidade no site que é obrigatória por lei.

 

Foi com agrado que vi a estrutura do PSD reagir rapidamente para repor a legalidade no site o que aconteceu hoje pela hora do almoço. Mais do que repor a legalidade demonstrou-se que alguém no PSD está atento ao que se diz nas redes sociais e que, em vez de enterrar a cabeça na areia, toma decisões e faz acontecer.

 

Reposta a legalidade do site resta fazer então a análise crítica do mesmo.

 

A ideia, tal como já se disse várias vezes, não é original. Na passada 4ª feira quando o Ministro Teixeira dos Santos confessou que ainda não tinha recebido nenhuma proposta concreta para redução da despesa na Administração  Pública, de imediato lançámos um desafio no Facebook que deu origem a esta petição (curiosamente promovida com o URL http://bit.ly/CortarNaDespesa).

 

O que me "choca" no site "Cortar Na Despesa" é a pouca transparência do mesmo e uma contradição nos tempos que correm:

 

1. O PSD pede-nos as nossas ideias mas não nos deixa saber que ideias foram já propostas levando, forçosamente, a uma replicação de propostas;

 

2. O PSD pede-nos as nossas ideias mas depois deixa-nos de fora no processo de discussão e validade das mesmas.

 

3. O PSD pede a participação da Sociedade Civil mas depois deixa a Sociedade Civil de fora.

 

O Gabinete de Estudos do PSD ainda vai a tempo de corrigir esta situação:

 

1. Torne as propostas públicas, com a devida autorização do autor abrindo um espaço de discussão no site.

2. Torne públicas as propostas que estão a ser sujeitas a uma análise posterior para discussão das mesmas.

3. Instale um sistema de votação para que todos possamos contribuir na escolha das propostas que o PSD levará a Parlamento.

 

Implementar estas soluções tornaria  esta iniciativa um verdadeiro exercício de cidadania patrocinado por um Partido Político e não a caixa de sugestões estática que é neste momento.

 

 

 

Exmo. Sr. Eng.º  José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa,

 

Como cidadão é-me impossível continuar calado perante a situação política e financeira que o nosso país atravessa pelo que sou forçado a dirigir-me a si, responsável máximo pela governação de Portugal nos últimos 2002 dias.

 

Enumerar, detalhadamente, o que se passou nestes últimos 2002 dias seria uma tarefa inglória,  que já está por demais documentada, pelo que me vou concentrar nos últimos meses, especificamente entre Março e Setembro deste ano.

 

Em Março o Seu Governo apresentou o PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento). Este, tal como nome indica, continha as medidas tidas como necessárias pelo Seu Governo para estabilizar a situação económica do país e promover o crescimento.

 

Em Junho os Portugueses foram informados de que, afinal, o PEC que tinha sido aprovado não criava nem crescimento nem estabilidade e o Seu Governo apresentou um novo PEC - o PEC II - tendo sido garantido por si, Sr. Primeiro-Ministro, que agora é que era e que o crescimento e estabilidade iriam invadir o país que nem turistas Ingleses as praias do Algarve em Agosto.

 

Agosto chegou e com ele os incêndios que dizimaram uma área recorde de floresta no país. Infelizmente - unfortunately em Inglês - não foi só a floresta que ardeu em Portugal: o PEC-II também foi consumido nas chamas de um fogo posto  - criminoso - por uma governação irresponsável.

 

Em Setembro o Seu Governo apresentou aos Portugueses mais um PEC - o PEC III -  que tem por missão corrigir tudo o que tinha que ser corrigido em Maio passado e mais as asneiras governativas que se foram fazendo durante o Verão.

 

Desta vez nem o seu próprio partido aguentou estas medidas, sendo preocupante a declaração de um deputado do Seu partido - Ricardo Gonçalves -  que declara que quase não tem dinheiro para comer, ele que aufere 8,22 vezes mais do o ordenado mínimo nacional.

 

Por estas razões Sr. Primeiro Ministro Eng.º José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa,

 

• Perdoe-me de antemão que não acredite em si quando diz que com este PEC-III é que Portugal vai vencer a crise internacional (que o seu Governo já deu por terminada 3 vezes). Para si, Sr. Primeiro Ministro, a crise internacional é como um boomerang telecomandado que vai e volta a seu belo-prazer. Para o resto dos Portugueses, informados, a crise internacional já foi e muitos países já começaram a recuperar da mesma - incluindo países que até estiveram mais expostos.
• Perdoe-me de antemão que não acredite que o Governo Português foi tramado pela Sra. Merkel e que ninguém, na vasta equipa que trabalha consigo Sr. Primeiro Ministro, lhe chamou a atenção para o facto de que o submarino tinha que ser pago.
• Perdoe-me de antemão, Sr. Primeiro-Ministro, que não acredite em si [ponto final]

 

O momento político que atravessamos não pode servir como desculpa, Sr. Primeiro Ministro pois de desculpas, estou farto!

 

Se é certo que o Presidente da República não pode dissolver a Assembleia da República nada o impede a si Sr. Primeiro-Ministro, que se demita imediatamente.

 

 

Em nome do interesse nacional, em nome da nossa imagem no estrangeiro, em nome dos mercados internacionais, em nome do presente de Portugal, em nome do futuro de Portugal e em nome dos 2002 dias que os Portugueses lhe deram para mostrar o que valia: Demita-se.

 

 

- Mas vais para o Governo ganhar menos do que estás a ganhar agora?

- Vou pá! Sempre quis ser administrador da PT.

E se proibissem, na lei fundamental deste país, os detentores de cargos públicos no final do seu mandato de ingressarem no payroll de empresas participadas pelo Estado Português?

 

 

 

 

 

Cavaco Silva é o nosso candidato Tiririca: “Pior que tá não fica!”.

 

 

 

 

 

 

 

Rapa

 

(Imagem)

 

 

 

 

 

 

 

 

A bloga da direita aproveitou uma notícia para demonstrar que o Governo de Sócrates continua um mãos largas a gastar dinheiro. Desta vez são cinco milhões para a PSP comprar novos blindados, para utilização na Cimeira da NATO e que a GNR estaria disposta a emprestar à PSP.

 

À primeira vista teriam razão. Eu não morro de amores por Sócrates e seria bastante mais simples entrar neste bandwagon e desatar a gritar "Filhos da puta! Mais 5 milhões blah blah blah whiskas saquetas" do que acompanhar a notícia e ver os seus desenvolvimentos.

 

Os desenvolvimentos vieram através de uma conferência de imprensa na última 4ª feira onde foi dito que os carros que a GNR tem "foram adquiridos para um cenário de guerra, o Iraque, tem torres com metralhadoras e lança-granadas automáticos. Não é isto que se pretende". (Fonte DN)

 

Além disso a PSP afirma, na mesma conferência de imprensa, que estes blindados serão depois usados em acções de policiamento em 300 zonas sensíveis onde existem conflitos urbanos com armas de fogo.

 

O processo é questionável, o gasto também o é mas a tese de que os carros da GNR poderiam ser usados em cenários urbanos também não faz sentido nenhum.

 

O que eu não me lembro é de ter ouvido alguém questionar quando se compraram 20 (VINTE!) carros blindados para a GNR dos quais apenas 6 (SEIS!!!) estão em uso. E isto sim, é mandar dinheiro à rua.