Ora então vamos lá esmiuçar esta porra:

Há um assunto de trabalho importante à tarde. Umas pessoas relacionadas com esse assunto, colegas de trabalho,  mais um amigo, como estão com fome, vão almoçar à hora de almoço. Isto levanta logo questões, porque é que pessoas almoçam à hora de almoço. Conversam à mesa, parece que falam alto, coisa estranhíssima para um português. E dizem mal de outra pessoa. Altamente suspeito isto, nunca mas nunca acontece.

Nós somos muito democráticos. Somos mais democráticos que o Sócrates (o velho, aquele grego, da cicuta).

Por isso, aqui está a opinião pró-Crespo do 31 da Sarrafada:

O Crespo é fofinho.

Nós gostamos do Crespo. Porquê? Porque sim.

Se acreditamos naquilo que ele escreveu? Piamente. Parece mesmo o tipo de coisas que acontecem à mesa de restaurantes de hoteis. Eu próprio já testemunhei coisas muito estranhas em mesas de restaurantes de hotéis. As piores de todas: o General Ramalho Eanes a levitar no Altis e o Jorge Coelho transformado em pomba branca pelo Vieira do Benfica.

Se calhar o texto do Crespo está um bocadinho exagerado. Se calhar eles não andaram aos berros. Se calhar nem foi preciso porque é tudo gente com muito boa dicção e basta um tipo com ouvidinhos de tísico para escutar tudo.

Por tudo isto, força Crespo! Abaixo a palhaçada! Viva apenas e somente a parvoíce!

"Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal."

Mário Crespo em texto Publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro

Mário Crespo quer que acreditemos que:

1. Sócrates, Silva Pereira e Lacão em dia de apresentação do Orçamento de Estado não tinham mais nada que fazer do que ir almoçar com um executivo de televisão para falar sobre o Mário Crespo.

2. A ter acontecido o tal do almoço,  os três membros do Governo mais o executivo de televisão perderam os mármores* ao falar assim num sítio público e com pessoas a ouvir.

3. A Universidade Independente era uma Universidade a sério e não uma daquelas que se fazem no Sim City.

 E só mais um reparo: Não abona nada sobre a independência de Crespo publicar o seu texto num site do PSD.

*lost their marbles