O Mitsubishi ASX no Facebook ou como ser estúpido que nem uma porta
Foto: Pedro Figueredo
Anda-se a falar muito dos outdoors do novo Mitsubish ASX porque utiliza o Facebook como peça central da sua campanha. Utiliza o Facebook e utiliza mal o Facebook. E porquê? Porque a [introduzir substantivo aqui] da agência decidiu ser inovadora (dizem eles) e ter um perfil, como qualquer perfil pessoal, e não uma página.
Existe uma razão pela qual a casa mãe lá no Japão, onde o Facebook nem tem assim muito peso, tenha uma presença no Facebook como deve ser, ou seja, feita através de páginas. Mas claro, que a agência tuga, que não percebe um boi do que anda a fazer tinha que fazer melhor que os outros todos. Mais ainda, duvido que o cliente saiba que a agência anda a gastar o seu dinheiro em actividades ilegais.
A primeira vez que vi aquela aberração, que vai contra os Termos de Uso do Facebook, comentei que aquilo era exactamente o oposto a um post que tinha escrito no Diário 2, sobre marcas e privacidade no Facebook, muito recentemente.
Hoje o Rodrigo Saraiva andou a fazer publicidade ao seu blog PiaR no Twitter e fui lá dar uma espreitadela. Foi através dele que descobri um excelente post do Bruno Ribeiro, no Dissonância Cognitiva, sobre o assunto Mitsubishi.
Pensei que os comentários seriam unânimes sobre um aspecto: O que a agência estava a fazer com a marca era ilegal à luz dos Termos de Serviço do Facebook e provavelmente o dinheiro investido pelo cliente estaria a ser mandado à rua, quando o perfil for desactivado.
Sou muito ingénuo.
Um dos responsáveis da campanha, de seu nome Tomás Froes (que ainda não percebeu muito bem o que é o Twitter) teve a coragem de defender o indefensável sugerindo até que os Termos de Serviço do Facebook são recomendações.(ver comentários no post)
*Esperem que tenho que me rir agora um bocadinho*
Com gente desta só há uma coisa a fazer:
Ir a http://www.facebook.com/novoasx e fazer o seguinte:
1. Clicar em Denunciar/Bloquear esta pessoa
2. clicar em "Denunciar esta pessoa" e escolher "Perfil Falso"
3. Escolher "Não representa uma pessoa real"
4. Clicar em "Enviar"
É que não há pachorra para tanto desconhecimento e tanta arrogância!
Update: Entretanto foi enviado um mail para o Facebook. É que parece que por lá não gostam que usem a sua imagem sem pedir autorização primeiro.
Paulo Querido-gasta-palavras-para-mostrar-que-nao-percebe-o-facebook-
Apesar de ter gerado mais algum tráfego para o perfil do ASX, o que até acaba por ser positivo.
Mas vamos por partes.
Como primeiro ponto gostaria de sublinhar que os “amadores” conseguiram através do outdoor chamar a atenção a alguns “iluminados” que quando chegaram a casa, ligaram o computador, entraram no facebook e pesquisaram o conteúdo ASX. Talvez por ser um outdoor inovador e diferente do que já se viu até hoje. Menos mau.
Depois os mesmos “amadores” conseguiram criar algo que não é muito normal, ou sejam, decidiram estratégicamente não fazer o que milhares de marcas de todo o tipo fazem no facebbook, criar páginas ou grupos de fans. Pois é, os amadores decidiram tratar o ASX como uma pessoa, e vai dai criaram um perfil como se de uma pessoas se tratasse. Talvez por isso só os amigos tenham acesso á informação completa deste novo amigo. Talvez seja este o interesse dos amadores. Partilhar informação apenas com quem a quer partilhar. como nós fazemos com as nossas páginas pessoais.
Sobre o guia (muito) básico do facebook, convido os “profissionais” como o Paulo Querido a lerem bem o que está escrito. Essa leitura começa por uma boa tradução para Português do guia (de sugestões e não de regras) que está escrito originalmente em inglês.
Já o comentário do querer ser “cool” teria de me explicar melhor o que quer dizer, mas se ser “cool” é fazer campanhas integradas com ligação online/offline, como fazemos por exemplo para as marcas meo, tmn, staples, mimosa, BPI, e claro mitsubishi, só para citar alguns dos nossos clientes, então é isso que fazemos diariamente, e com resultados comprovados, em notoriedade, em vendas e em criatividade.