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31 da Sarrafada

31 da Sarrafada

18
Abr10

Fernando no País dos Ressabiados ou o Genesis do @31daSarrafada

MSadio

 

No espaço de dois dias, um dos membros do @31 da Sarrafada, Fernando Fonseca, viu a sua conta pessoal no Facebook desactivada por duas vezes. Ainda que a mundivisão da Margarida Rebelo Pinto me levante sérias (seríssimas..) reservas, também estou tentada a achar que "Não há coincidências"...

 

Isto é importante? Não. Tanto o Fernando,como eu, como qualquer pessoa com vida própria e mais que fazer, sobrevive e é feliz sem uma conta no Facebook.

 

Este tipo de "incidentes" deve preocupar-nos? Pessoalmente, preocupa-me. Porque sinto que o espaço de manobra, para aqueles que querem expressão opinião, livre e espontaneamente, é cada vez mais exíguo.

 

Para os (poucos) que ainda não sabem e para os outros (muitos) que insistem em fazer-se de parvos, o @31daSarrafada surgiu, e tem vindo a manter-se, como uma espécie de "experiência piloto" no Twitter, que tem o seu prolongamento neste Blog e no Facebook: 6 pessoas, que não se conheciam pessoalmente e que "conversavam" casualmente no Twitter, sobre os mais diversos assuntos - umas vezes em concordância, quase sempre nem por isso... - decidiram criar e partilhar uma conta de Twitter, onde escrevem em simultâneo, com resultado quase sempre caótico. Para além de um sentido de humor frequentemente "peculiar" e de não se levarem demasiado a sério, estas 6 pessoas pouco mais sabiam terem em comum. Com o passar do tempo, têm descoberto que realmente têm pouca coisa em comum: quer em termos políticos, quer em termos de hobbies e até em termos de preferências gastronómicas. Mas partilham o facto de não se conformarem em ser amíbas, que assistem impávidas, àquilo que, diariamente, vai fazendo o mundo girar. E isso já não é pouco.

 

A liberdade colectiva e a diversidade individual alimentam o @31daSarrafada. Mas também a honestidade e o respeito mútuo. A agenda é apenas a do olhar atento sobre o mundo. Um olhar quase sempre satírico, bem humorado, sarcástico e irreverente. Porque a rir também se corrigem os costumes, já dizia o outro. Ou se não se corrigem, pelo menos, os maus costumes não passam despercebidos.

 

Falamos muitas vezes sobre política,mas não é apenas isso o que nos interessa. Aliás, o único membro do @31da Sarrafada com militância partidária sou eu própria, mas obviamente guardo as minhas opiniões pessoais sobre o tema para expressar na minha conta pessoal, como manda o mais elementar bom senso. Também falamos frequentemente sobre questões meteorológicas, sobre moda, sobre engarrafamentos (de trânsito ou de vinho) e sobre algumas outras parvoíces muito sérias. Mas estas são questões que não provocam urticária a ninguém.

 

O lema "só se perdem as que caem no chão" é a profissão de fé de que ninguém está imune, para o @31daSarrafada. Nem nós próprios. Sobretudo, nós próprios. Isto é incómodo? Muito. Num tempo em que impera o politicamente correcto, é quase uma afronta subversiva. Temos pena...

 

É por tudo isto, que não posso aceitar "incidentes" como este de que o Fernando foi objecto. Porque esta forma mesquinha e ressabiada de agir na clandestinidade, de boicotar, de tentar prejudicar gratuitamente é uma coisa que me repugna. Hoje foi o Fernando. Amanhã poderei ser eu. Ou qualquer um dos que está a ler este texto.

 

Criei um grupo no Facebook com o nome "Queremos o Fernando Fonseca no Facebook Já!" . O Fernando detesta os grupos do Facebook. Eu adiro a todos. O Fernando gosta de tatuagens. Eu, nem tanto. Ele respeitou o grupo que eu criei. Eu, nunca faria uma, mas até admiro a história das tatuagens dele...

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