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31 da Sarrafada

31 da Sarrafada

25
Mai11

Muda de troika se não estás satisfeito

arcebisposarrafeiro

Muda de vida se a troika não está satisfeita
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, a troika não deve ser contrafeita
Muda de vida se há algo em ti para sacar

 

Ver-te sorrir, não é para ti
E a cantar, eu nunca te quero ouvir
Será de ti ou pensas que tens... que pode ser assim

 

Muda de vida se a troika não está satisfeita
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, a troika não deve ser contrafeita
Muda de vida se há algo em ti para sacar

 

Ver-te sorrir, não é para ti
E a cantar, eu nunca te quero ouvir
Será de ti ou pensas que tens... que pode ser assim

 

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como uma alegria que tu terás direito a viver

 

Olha que a vida é e deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

 

Muda de vida se a troika não está satisfeita
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, a troika não deve ser contrafeita
Muda de vida se há algo em ti para sacar

(rever em 2012)
14
Mai11

Liga Europa: Uma fé inabalável no "santinho"

Pedro Figueiredo

 

 

Sempre acreditei que o exemplo vem de cima. Com as devidas diferenças (ou talvez não, já que política e futebol não são assim tão diferentes), como podem os presidentes dos clubes querer que os adeptos não façam asneiras se são os primeiros a instigar as massas com mensagens de ruptura em nome de rivalidades que não deviam passar de saudável competitividade?
 
A constante insistência de todos os líderes partidários em deixar José Sócrates de fora de um eventual entendimento pós-eleitoral - porque é disso que o país precisa, como até já a Troika fez questão de dizer... - faz prever a continuidade da crise política, independentemente dos resultados na noite de 5 de Junho. Não adianta mendigar-se maiorias absolutas porque as grandes reformas do Estado não se fazem sem dois terços do Parlamento e para isso há sempre que haver... entendimentos.
 
Até porque, do ponto de vista democrático, não me parece viável deixar de fora o líder de um dos dois partidos que, na volta da maré, é chamado pelos eleitores a formar governo. Pelas sondagens que já começam a circular podem dar-se as voltas que se quiserem, mas não creio que seja possível, simplesmente, ignorar o resultado do PS. Este, para não ficar refém de posições mais extremistas não disse - e penso que não dirá - que não irá querer conversa com qualquer um dos outros partidos. À esquerda ou à direita.
 
Entretanto, se a pré-campanha tem sido o que temos visto, estou desejoso de ver e ouvir o que virá quando as caravanas forem para a estrada. O PSD já fez saber que não vai à Madeira fazer campanha, ainda que comece a peregrinação nos Açores. Anunciou igualmente, que não colocarão cartazes, mas haverá "muita rua". Os brindes vão reduzir-se a canetas e - aqui o toque de classe - cartões em formato de "santinho" com a cara de Pedro Passos Coelho. Miguel Relvas dixit.
 
A minha fé inabalável neste santinho é que, com humildade, depois das eleições e se sair vencedor - ainda que em minoria - o líder do PSD não cumpra o que prometeu em recusar entender-se com José Sócrates. Que esteja atento aos recados do PR no Facebook, e que saiba ler os resultados eleitorais como um político que aspira a estadista. Tenho a certeza que se acontecer o contrário será ouvido... até o seu partido o manter como líder. Seja lá o tempo que isso for.

 

Agradecimento a Pedro Sales

06
Mai11

Liga Europa: Obrigado pela sugestão, mas o FMI não quer saber

Pedro Figueiredo

 

 

Agora que já todos sabemos qual o programa do Governo para os próximos três anos, com a cortesia da equipa do cobrador de fraque internacional que, afinal, veio poupar uns quantos neurónios dos staffs políticos dos partidos do arco da governação, pergunto-me o que será feito da caixinha de sugestões do PSD para se cortar na despesa pública. É certo que as ideias eram para o Orçamento de Estado para 2011, mas boas ideias nunca são de se deitar fora.
 
Enquanto a imprensa foi dando eco do andamento da iniciativa, imagino que na São Caetano à Lapa o laboratório social-democrata foi recebendo, registando e analisando com satisfação as sugestões de qualquer comum cidadão, no que deveria ser trabalho de estafa dos próprios candidatos a governo. Poderia ter sido considerado como a mais directa forma de participação activa do povo na gestão da mercearia nacional, mas dois factos relevantes aconteceram para desgraça da iniciativa.
 
O primeiro é que o OE foi aprovado sob o desígnio dos PECs. O segundo, alguns meses depois, foi a chegada da troika. Quem é que se haveria de lembrar das sugestões do povão, se acabavam de chegar os profissionais do corte? Logo na página inicial, José Manuel Canavarro, Director do Gabinete de Estudos Nacional do PSD (adoro a denominação do cargo) dá conta da iniciativa, mas foi precisamente num comentário a um dos órgãos de comunicação social que fez um dos balanços que prestou a melhor das declarações:
 
"Algumas [propostas] seguramente merecerão atenção e outras merecerão também ponderação e provável inclusão naquilo que for a proposta do partido e a discussão que fará em sede parlamentar sobre as matérias orçamentais."
 
É claro que, nestas circunstâncias, estas palavras teriam que vir acompanhados de um asterisco, explicando claramente: salvo se o FMI aterrar na Portela.
 
Duvido que Eduardo Catroga tenha apresentado alguma destas sugestões de iniciativa popular na reunião que teve com a troika, mas já não tenho tanta certeza se não usou o verso das folhas das sugestões para escrever algumas das cartas que enviou ao governo.
 
A última contagem de visitas no site www.cortardespesas.com estava nas 137.246. Tecnicamente, ainda são aceites sugestões. Mas o PSD deve ter deixado de as analisar quando recebeu uma mensagem de Jurgen Kröger, representante da Comissão Europeia e chefe da troika, a dizer: ESTAMOS A CHEGAR.
 
O mesmo sentimento de frustração devem ter tido os funcionários públicos que participaram no concurso promovido pelo Estado, que premiava as melhores sugestões para afinar o funcionamento da máquina administrativa. Quer dizer, quem ganhou os 500 euros não deve ter ficado. Na altura. Agora deve estar a pensar que os cortes que aí vêm podem muito bem afectá-los. Tem que calhar a alguém.

 

P.S.: Agradecimento especial à camarada Vi

27
Abr11

Dear Europe

arcebisposarrafeiro

 

Dear Mrs. Merkel, Dear Mr. Sarkozy, Dear Mr. Cameron, Dear Mr. Barroso (ok, José Manuel for you), Dear Islanders, Dear fellow (?) citizens of the other twenty six countries of the European UNION,

 

Do you know what the real problem is with Portugal? Let me tell you: our problem is that we are deeply, profoundly and irreparably stupid, as a people, as a whole, I mean. We've always been, always will be.

The problem, our problem, is that we weren’t in this for the money. We're used to be poorer than you guys and can cope with living with that. No, for us, Portuguese people, it wasn't a business, it was - now call us stupid, we know - because we believed we were to be all European. European citizens. You know, somehow like neighbours, like friends. We tend to believe.

We are very, very stupid.

 

Please do punish us accordingly.

 

Your humbly

 

A Portuguese citizen

 

15
Abr11

Liga Europa: O pesadelo de Schuman

Pedro Figueiredo

 

Lembro-me da cadeira de Estudos Europeus na faculdade como uma das matérias mais secantes dos tempo de universitário, mas tenho-me lembrado do assunto nos últimos tempos demasiadas vezes. Andava com o Tratado de Roma (em livro) debaixo do braço para trás e para a frente (ainda o guardo numa estante), mas o nome de Robert Schuman (e também Jean Monet) foi o que mais me ficou na memória. Talvez por ser o mais emblemático e sonhador de um continente que gostava de ver unido, a quem o Parlamento Europeu (do qual foi o primeiro presidente) declarou carinhosamente como o «Pai da Europa».

 

O pós-guerra também terá contribuído (e muito!) para a fermentaçao da ideia de uma Europa sem conflitos e o sonho começou a ganhar forma. Sabia-se que o percurso seria longo, mas como diz António Machado no seu poema: o caminho faz-se caminhando. E assim nasceu, em 1952, a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço).
 
Não quero espetar uma seca a ninguém, mas a história ensina sempre muito do presente e a nota introdutória serviu apenas para facilitar a ligação entre o sonho de Schuman e o pesadelo egoísta que o velho continente está a viver. Os passos foram sendo dados e com a CEE, mais tarde rebaptizada União Europeia, imaginou-se que já se tinha ultrapassado o chamado ponto-do-não-retorno. Houve toda uma geração de políticos (anos 80 e 90) que regaram bem a semente de Schuman e mesmo contra alguns eurocépticos foram fazendo acreditar que a Europa, mesmo com toda a sua diversidade cultural, podia funcionar como um bloco forte e compacto.
 
Só que jamais seria na bonança que se revelaria a consistência da coesão europeia, se é que alguma vez existiu. A crise global (porque a globalização é para bem e para o mal) acabou por revelar a imensa manta de retalhos que é esta velha Europa, pessimamente preparada para as adversidades de um mercado que já não tem só no bloco norte-americano e no Japão (e outros países satélites asiáticos) um rival. Há países (já não emergentes) que marcam (e controlam) a agenda económica, alguns dos quais nem se fazia a mínima ideia que pudessem chegar onde estão (como o Brasil).Este recente episódio (e era aqui que queria chegar) da possível recusa da Finlândia em contribuir para o resgate financeiro de Portugal é só mais uma brecha na (des)União Europeia, que mostra não ter a mínima ideia do que quer para si mesma, não só agora, como num futuro a médio e longo prazo. É certo que as circunstâncias históricas também não jogam a favor. Para além de uma crise mundial grave, esta geração de políticos está longe de ter a estrutura mental, ideológica e mais importante ainda, a perspectiva de futuro que tiveram outros que os precederam, que os catapultaram da simples categorização de políticos à de verdadeiros estadistas. Daqueles para quem a História guarda sempre um lugar de honra. Veja-se, por exemplo, a diferença entre Angela Merkel e Helmut Kohl.
 
Que em Portugal não se perceba que esta é a hora de colocar de lado as diferenças ideológicas e partidárias e combinar esforços para mudar o rumo do país, não me espanta. Afinal, desde sempre que nunca nos soubemos governar nem deixámos que nos governassem (esta segunda parte já teve que mudar)! Agora que o mesmo se passe no resto da Europa, já me custa. Já nem os políticos escondem os seus umbiguismos, que facilmente resvalam para a estupidez. Há uns tempos foi Cavaco Silva que ouviu do presidente da República Checa um ralhete em público pelas escandalosas derrapagens dos défices de alguns países europeus, numa clara alusão ao caso português. Curiosamente agora foi apanhado a surripiar uma caneta no Chile. Mais recentemente foi um turista 'acidental' finlandês que, na Madeira, disse abertamente a Passos Coelho que só esperava não ter que ser ele a chegar à Finlândia e a pagar aquele jantar.
 
É verdade que o respeito ganha-se, mas também se deve beber chá em pequenino e, pelo vistos, na Finlândia e na República Checa, não se deve ter esse hábito. Até porque o senhor deve esquecer-se que uma parte do seu jantar também teve a contribuição dos telemóveis Nokia que os portugueses compram. E é assim que vai a Europa... Mude-se o hino da Nona de Beethoven para a Lacrimosa do Requiem do Mozart. É mais apropriado.

08
Abr11

Oiçam bem esta voz!

Vitriólica

 "Fala do Homem Nascido", poema de António Gedeão, com música de José Niza - do EP "Cantar de Emigração", 1971

 

 

 

Faz hoje sessenta e nove anos que nasceu, no Porto, o Adriano Correia de Oliveira. Só quem o ouviu sabe o que isto quer dizer.
Eu "conheci-o" há quarenta e tal anos, através dos discos que eram tocados às escondidas e em surdina, (a noite, na areia da praia, num pequeno gira-discos portátil) e aquela voz cantava coisas que traziam o desespero do povo sem liberdade nem direitos que éramos todos nós, portugueses, antes de Abril Cravo de Abril. Aquela voz trazia também a revolta - e a esperança, que só chegou muitos anos depois.

A voz do Adriano é uma VOZ; as letras e poemas que cantava diziam coisas importantes - importantes naquele tempo, e importantes hoje também, neste tempo em que os governos e as ultra-grandes empresas do mundo nos querem transformar a todos em rodas da engrenagem sem direitos, nem voz nem liberdade.

Vão conhecer esse homem que era grande por fora e muito maior ainda por dentro, e que como todos os que são bons foi embora cedo demais. Procurem e oiçam os discos dele, as canções que gravou e que hoje o tornam presente.
E disse.

(nota: este texto foi originalmente publicado aqui há sete anos; mas a voz do Adriano, as palavras de Gedeão e a música de José Niza que tão bem serve ambos não têm idade e por isso não envelhecem)

 

08
Abr11

|| Eu a falar sozinho

Mr Simon

 

 

 

 

 

O que é mais preocupante: ver quem votou contra o PEC 4 a aplaudir a chegada do PEC 4 elevado ao cubo sob a forma de “ajuda europeia”, ver quem sempre manifestou indisponibilidade para governar com o FMI recandidatar-se ao cargo de primeiro-ministro sabendo à priori que vai governar com o FMI encapuzado de éfe-é-é-éfe, ou não me recordar de alguma vez ter votado num candidato chamado Jean-Claude Juncker?

 

(Em stereo)

 

(Na imagem fotograma de The Good, the Bad and the Ugly)

 

 

 

 

 

 

 

08
Abr11

Liga Europa: Arigato nuclear

Pedro Figueiredo

 

Percebo que o momento da política nacional dava vários olhares críticos, mas decidi fazer uma pausa. O pedido de ajuda externa é suficientemente grave e humilhante para quem, ao longo destes anos, teve a responsabilidade de ir encontrando soluções para um problema que parece histórico e afecta como as marés. É a constatação de que, de facto, a carta de um governador romano a César, já nessa altura estava certíssima, agora com uma actualização vergonhosa: estranho povo que não se governa e é obrigado a deixar-se governar.
 
A minha reflexão desta semana vai para outro estranho povo. Fico pasmado com o abnegado estoicismo dos japoneses, registado na sequência dos tristes acontecimentos de Fukushima. Eles, mais do que ninguém, deveriam conhecer os malefícios do nuclear, anos após (não muitos) de Hiroshima e Nagasaki, vendido e distribuído em forma de energia em nome do progresso. E ninguém tem dúvidas do progresso do Japão. Renascido de verdadeiras cinzas da II Guerra Mundial, voltou ao grupo das mais fortes economias mundiais, criando e produzindo o que de mais avançado tecnologicamente surge no mundo.
 
De todos os países com centrais nucleares, tenho a certeza que o Japão não estava no topo das preocupações de ninguém. Alguém imaginaria a catástrofe que se abateu por ali? O caso torna-se ainda mais estranho quando não se conhecem manifestações de pânico, fugas em massa, protestos por claras opções políticas que trouxeram, mais uma vez, a desgraça ao povo japonês. Não consigo entender a aparente passividade (sabe-se lá o que vai na alma daquela gente...) com que a população encara a sua sorte, quando muitos devem perceber que o pior está ainda para vir.
 
O que pensará, agora, por exemplo, Mira Amaral em defesa da energia nuclear? Aplique-se o princípio das agências de rating: passou de seguríssima e limpa para razoavelmente segura e aceitavelmente asseada (com tendência negativa).

 

Imagino que os amantes das estatísticas dirão logo a correr que os ganhos continuam a ser exponencialmente vantajosos. Quantas centrais nucleares existirão no Mundo? Quantos acidentes ocorrem? A relação pode determinar uma eficácia tremenda, isto se não levarmos em linha de conta os prejuízos que as centrais originam de cada vez que há um "azar". E não me refiro a custos materiais e sim humanos. E naturais. Quem vai comer peixe do mar de Fukushima, com níveis de iodo radioactivo superiores em cinco milhões de vezes ao que é normal? Pouco saboroso sushi...
 
Para os mais esquecidos (confesso que nem tinha conhecimento!), a minha camarada sarrafeira Vitriólica deu-me uma preciosa ajuda ao lembrar o que Portugal protagonizou quando se começou a falar em energia nuclear por aqui, na década de 1970. Ferrel, em Peniche, é um nome que pode avivar algumas memórias, mas há também os gritos de alerta da Lena d'Água ou a intervenção mais doce e terna do Fausto.

 

Não me recordo dos japoneses protestarem contra o que quer que seja. Mas como cantava bem a Lena d'Água: mais vale ser activo hoje do que radioactivo amanhã. Agora é fácil perceber que há protestos que não são estéreis: Nuclear? Não, obrigado

01
Abr11

Não usem o direito a torto e a direito (pá!)

arcebisposarrafeiro

Direito à greve? Claro que sim, agora talvez mais que nunca desde 74. Mas, e  direito a greves justas? Esse não temos? Porquê?
Qual a lógica de fazer greves que apenas prejudicam quem as faz e os utentes dos serviços em greve e nunca as entidades e atitudes contra as quais se protesta? Que ganham os trabalhadores em greves que, uma após outra nada resolvem, em ter ainda a opinião pública contra eles? Por comodismo, falta de solidariedade, compreensão... será. Mas uma realidade. Ninguém gosta de não ter transporte para o trabalho por causa de uma greve.
Podia ser diferente? Eu acredito que sim. Sempre pensei e ouvi "porque é que não fazem greves que atinjam as entidades patronais e não os utentes?". Sempre ouvi "lamentamos mas não há outra forma". Há. Greves de zelo. Se em Março os trabalhadores da empresa de transportes X anunciarem que no mês de Abril não irão ser verificados os títulos de transporte, dando um claro e seguro sinal - não vale depois mudar a meio, porque isso sim é uma luta - de que "em Abril não se paga", quanto vai doer isso em milhares de passes e bilhetes por vender? Talvez não servisse de nada quando no sector público o solícito estado correria a tapar esses eventuais buracos... com o nosso dinheiro... Hoje não pode. Não tem. Iria "doer", sim.
Porque conseguem negociar com as administrações os operários de uma fábrica? Porque os patrões precisam da fábrica a laborar para ter lucros. Só. Pela mesma razão são inócuas as greves da função pública. O patrão Estado já não tem lucro, que mais dá uma greve se até reduz custos?

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